Sempre acreditei que abençoados são os pais que tem filhos especiais. Acho que somos escolhidos a dedo! Sim porque com eles temos muito o que aprender e a ensinar.
Mesmo sendo um grande desafio é um momento único para nos tornarmos seres humanos melhores! Eu acredito nisso!
Meu filho hoje tem 6 anos. Ele nasceu com uma perda auditiva profunda bilateral, ou seja, surdo!
Criei esse espaço para ser o meu lugar de desabafo. Aqui compartilharei meus desafios, conquistas e também espero ajudar outras mães que tenham filhos surdo como eu ou qualquer outra deficiência.


sábado, 15 de março de 2014

Lançamento do Livro Desculpe, eu não ouvi!

Boa noite pessoal,

Hoje foi o lançamento do livro Desculpe, não ouvi! da Lak Lobato que tem o Blog com o mesmo nome.



Não podia faltar nesse dia tão importante e especial.
Especial para ela e especial para nós.

Sou leitora da Lak há quase 4 anos quando descobri seu Blog navegando pela net em busca de informações sobre surdez.


       Gui fazendo pose com o livro na mão.



Caminhos diferentes
Ideias diferentes
mas algo em comum:

Lutamos pelo o que acreditamos e somos felizes cada uma com a sua escolha.

Lembro que quando a fono que fazia a programação do Gui recomendou ele ter um "apoio" em Libras, a Lak foi a primeira a saber.
Mandei uma mensagem chorando....

Chorando pela frustração, chorando e achando que tinha perdido 1 ano e meio da minha vida tentando fazer o Guilherme ouvir e me entender.
Lak me deu todo o apoio. Na época me disse: 
"Cada caso é um caso".
" Acredito que a Libras ajudará o Gui".

De lá pra cá, fiz do limão uma limonada e minha história tenho contado por aqui.

Conhecemos a Libras e ela nos completou assim como o som completa a Lak!
Enquanto descobríamos a Libras e uma forma a mais de comunicação com o Gui, a Lak  foi trilhando mais ainda o seu caminho sonoro fazendo o seu segundo implante que foi um sucesso.

Fico emocionada ao ler seus deslumbramentos sonoros.
Não sei qual é a sensação de dormir ouvinte e acordar surda. Não sou surda, Sou mãe de surdo!
Eu sou ouvinte e adoro ouvir! 
Sou uma mãe que busca o melhor para seu filho e não fico no " e se..." 


Então respeito a sua história, respeito sua dor (que faz parte do passado) e respeito sua felicidade sonora!

    Gui me contando que a Lak também tem "pá pá pá"


Nessa relação não cabe a palavra "certo" ou "errado".
Cabe sim um carinho mútuo e o respeito.


       Dedicatoria especial!


                

Fica a dica do livro para quem quiser conhecer a história da Lak, suas descobertas e desafios.
Ela representa muito bem os surdos oralizados que tem o português como sua 1ª língua.
Também é inspiração para muitos surdos e familiares que desejam e estão no processo do Implante Coclear.


Sucesso e felicidades Lak!


Beijos

Sabine Schaade

Guilherme 4 anos!

Boa noite pessoal!
Com um mês de atraso, mas quero compartilhar com vocês os 4 anos do Guilherme, afinal o Blog existe por causa dele.
Esse texto eu fiz no dia do aniversário dele 15/02:




15 de fevereiro de 2010, o dia mais quente do ano, Carnaval...
Esse dia nascia o Guilherme!
Guilherme...Nome escolhido desde o 5º mês da gravidez.

Posso dizer que foi um dos dias mais lindo da minha vida, pena que eu ainda não sabia. 
Fui descobrindo isso com o tempo, fui aprendendo a me adaptar, suprir as suas necessidades e não a minha. Mas as coisas foram se encaixando de uma forma tão perfeita que hoje eu não saberia viver sem você.
Não foi um encontro, foi um reencontro!
Eu e você você e eu. Quanta história já temos para contar....

"- Eu quero que meu filho seja feliz." É a frase que mais usei ao longo desses 4 anos.

Sim, eu quero que você seja feliz e tenho certeza que você é.
É o meu garoto sorriso!!

Desejo muita saúde, paz, sucesso e felicidade para você meu filho.

Que Deus continue sempre ao seu lado e que você seja sempre muito feliz não importando as dificuldades que ainda aparecerão porque isso faz parte da vida.
Amo você!
 


quarta-feira, 5 de março de 2014

O que uma criança deve saber aos 4 anos?

Bom dia pessoal tudo bem?

Achei esse texto muito interessante e gostaria de compartilhar com vocês.
Boa leitura!


O que uma criança deve saber aos 4 anos?



Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. 
Nesse mundo, alguns pais e algumas
 mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso sim seria, então, sinal de adequação e o mais importante: de sucesso.

O que uma criança deve saber aos 4 anos de idade? Essa foi a pergunta feita por uma mãe, em um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.

Segundo Alicia Bayer, no artigo publicado em um conhecido portal de notícias americano – The Huffington Post –, o que não só a entristeceu, mas também a irritou, foram as respostas, pois ao invés de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com 4 anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.


Para contrapor às listas indicadas pelas mães (em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100), Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem o que uma criança deve saber.

Vejam alguns exemplos abaixo:

- Deve saber que a querem por completo, incondicionalmente e em todos os momentos.

- Deve saber que está segura e deve saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas e em distintas situações.

- Deve saber seus direitos e que sua família sempre a apoiará.

- Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilão e utilizar sua imaginação.

- Deve saber que nunca acontecerá nada se pintar o céu de laranja ou desenhar gatos com seis patas.

- Deve saber que o mundo é mágico e ela também.

- Deve saber que é fantástica, inteligente, criativa, compassiva e maravilhosa.

- Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética. Melhor dizendo, muito mais importante.

E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. A lista do que os pais devem saber:

- Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos a seu próprio ritmo, e que isso não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente.

- Que o fator de maior impacto no bom desempenho escolar e boas notas no futuro é que se leia às crianças desde pequenas. Sem tecnologias modernas, nem creches elegantes, nem jogos e computadores chamativos, se não que a mãe ou o pai dediquem um tempo a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se e ler com ela bons livros.

- Que ser a criança mais inteligente ou a mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Estamos tão obstinados em garantir a nossos filhos todas as “oportunidades” que o que estamos dando são vidas com múltiplas atividades e cheias de tensão como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.

- Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos e a liberdade para explorá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e eles nem sentiriam falta.

- Que nossos filhos necessitam nos ter mais. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e prever um sábado ao mês dedicado à família. Que horror! Nossos filhos necessitam do Nintendo, dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé, do grupo para jogar futebol muito menos do que necessitam de nós. Necessitam de pais que se sentem para escutar seus relatos do que fizeram durante o dia, de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Necessitam que passeiem com eles nas noites de primavera sem se importar que se ande a 150 metros por hora. Têm direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que tardemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho. Têm o direito de saber que para nós são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com eles.

Então, o que precisa mesmo – de verdade – uma criança de 4 anos?


Muito menos do que pensamos e muito mais!


(http://www.justrealmoms.com.br/o-que-uma-crianca-deve-saber-aos-4-anos-de-idade)