Sempre acreditei que abençoados são os pais que tem filhos especiais. Acho que somos escolhidos a dedo! Sim porque com eles temos muito o que aprender e a ensinar.
Mesmo sendo um grande desafio é um momento único para nos tornarmos seres humanos melhores! Eu acredito nisso!
Meu filho hoje tem 6 anos. Ele nasceu com uma perda auditiva profunda bilateral, ou seja, surdo!
Criei esse espaço para ser o meu lugar de desabafo. Aqui compartilharei meus desafios, conquistas e também espero ajudar outras mães que tenham filhos surdo como eu ou qualquer outra deficiência.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Militância ou intolerância?




Antes de ser mãe de um surdo eu tinha 2 pés atrás com o a palavra Militante. 

Pra mim ela significava intolerância e tenho a impressão que pessoas que não precisam ou não atuam ativamente por uma causa, tem essa mesma impressão.

Após o nascimento do Gui  e a descoberta da surdez, o implante coclear logo depois e ainda buscando um conhecimento que eu não tinha, senti na pele o desprezo e julgamento de pessoas influentes e militantes da causa surda. Tudo porque decidi seguir por outro caminho, optando pela Libras como a primeira língua.

Sim, isso existe! Eu era uma mãe perdida em busca do que tinham me oferecido como o melhor: a possibilidade do meu filho surdo ouvir!

Mas a partir do momento que eu quis buscar outros caminhos, descobri que aqueles “militantes” só brigavam por um grupo seleto : os surdos que ouvem.

A partir do momento que procurei a Libras, meu filho deixou de ser importante para a causa!

Mas aí alguém totalmente de fora pode me perguntar:

Ué, mas a pessoa militante não é aquela pessoa ativa que vai em defesa de uma causa? 

Sim!

O certo seria exatamente isso e é aí que mora o perigo da militância seletiva!

 

O que me fez escrever esse post hoje é justamente um paralelo ao que está acontecendo na casa do BBB esse ano!

Quanta militância de tribunal acontecendo e quanto desserviço!

Eu fico imaginando a cabeça das pessoas leigas no assunto assistindo aquele show de horrores que não para!

O que aconteceu com o menino Lucas dentro daquela casa mostra de uma forma triste e lamentável como a militância pode ser perigosa.

Aliás Isso pra mim não é militância!

Aquele menino foi julgado e silenciado de todas as formas justamente por pessoas que deveriam acolhê-lo. ( aliás, muito amor para você Lucas que é do Slam que sabe muito bem como transformar sua dor e luta em forma de poesia. O mundo é seu!! ❤️❤️).


O que aconteceu com o Lucas me fez refletir muito sobre o que é militância, o que é intolerância, discurso de ódio e como isso pode  acabar com o psicológico de alguém que só precisa do acolhimento.

O BBB esse ano me trouxe  reflexões para o que eu vivo e o que vivemos hoje em dia, Afinal o que acontece dentro da casa é um reflexo da nossa sociedade e esse movimento de “militância seletiva” , não é de hoje que acontece não!

O perigo de falar e não saber ouvir.

O perigo de usar o conhecimento como tanque de guerra.

O perigo de julgar e não acolher.




Se em algum momento do meu passado eu tinha medo de dizer e assumir a minha militância, hoje eu tenho muito orgulho porque a militância é você trabalhar ativamente por uma causa, transformar a sociedade em um lugar para todos, somar, acolher, combater o preconceito e a desinformação, ouvir!

Qualquer coisa fora disso, não é militância!

 

Trazendo para a surdez que é por onte eu transito hoje, queria muito que minha mensagem chegasse a todos que lutam por essa causa!

Vamos refletir e ver se não estamos sendo “Lumenas”.

Eu por exemplo sou mãe de uma criança surda usuária da Libras e nada me impede de acolher uma mãe de uma criança surda oralizada! Por que não?

Eu nunca vou julgar e apontar para uma mãe o que é certo e o que é errado. Jamais!

Uso a minha voz para contar a minha história e experiência para assim abrir o horizonte para pais que sentem que estão sem uma saída.





E para finalizar esse texto enorme eu queria dizer que eu luto pelo surdo e aqui no meu espaço e na minha vida vocês jamais vão me ver apontando o dedo para um surdo! Independente de quem ele seja, suas escolhas, seu partido político, sua religião...

Respeito!

Não é de hoje que vimos a cultura do cancelamento e massacre acontecer. 

Não seja essa pessoa! Vamos usar a nossa voz para abrir diálogos e não cultivar o ódio!

Pratiquemos  a empatia!


domingo, 19 de abril de 2020

Depoimento de uma mãe!



Eu tinha 30 anos quando meu filho nasceu!, quase 31!
Guilherme nasceu de 9 meses, um bebê saudável que fez a maioria das coisas dentro do esperado, no tempo certo para um bebê.
Sorriu, balbuciou, sentou, engatinhou, demorou um pouco para andar, mas nada preocupante.

O que o diferenciava das outras crianças?
A Audição!
24 horas após seu nascimento, Gui recebeu seu primeiro não! A negativa que mudaria a sua vida, a nossa vida e o olhar de todos em nossa volta. 
Mal sabia que ali começaria uma dura jornada para nós!
Jornada invisível para a maioria que não faz ideia do que é ter um filho deficiente.
Quem não vive não sabe, simples assim.

Em 2010 eu era só a Sabine que daria a luz ao seu 4º filho.
Sabine com sonhos, planos assim como a  maioria das mulheres.

O teste da orelhinha foi o primeiro de tantos outros exames negativos, que me fizeram entrar no mundo da “Surdez” quase que a força, sem opção de um sim ou não.
O tempo não te dá um tempo para pensar!
Estamos falando de uma criança surda que o quanto antes for diagnosticada e “tratada” melhor!
É o Primeiro passo para o sucesso e uma vida “normal”!
A tecnologia não tem tempo a perder. Mas e o meu medo? Vc engole e vai!

Em 2010 o Guilherme entrou nas estatísticas e tornou-se mais um no meio de 45 milhões de pessoas no Brasil que possui algum tipo de deficiência.
Mas o que são 45 milhões diante de 209 milhões de pessoas?
O que é o meu Guilherme perto de milhões?
Para muitos só mais um número, para mim 100%! Ele tem nome, ele é o Guilherme e tem mãe!
Ele também tem pai e uma família linda mas eu peço licença para falar de mãe para mãe! 
Sabemos que mais de 75% dos pais acabam abandonando sua família após o nascimento de um filho deficiente.
Pude comprovar esse dado nas inúmeras rodas de conversa que tive ao longo dos últimos anos com muitas Mães e mulheres. 
Mulheres fortes, corajosas, cada uma com a sua história. 
Conheci mães que vivem o luto eterno daquele filho que ela não teve, mães que trabalham fora , as que se dedicam 100% do seu tempo para o filho, as que sofrem sozinha pq não tem com quem desabafar.
Conheci mães que não querem fazer ativismo nenhum porque sobreviver já é muito difícil. 
Mães que não falam, mães que não se calam, mães que só falta pedir desculpa para o mundo por ter gerado uma criança deficiente.

Quando eu falo da surdez não é apenas sobre a minha história.
Falamos de histórias e vivências diferentes mas que se encontram e tem vários pontos em comum.

A avalanche de informações que recebemos junto com o diagnóstico, somado às desinformações que também recebemos e na mesma velocidade, 
As dúvidas, o pouco caso das instituições, a briga eterna de IC x Libras, terapias... Tudo isso desgasta e consome qualquer mãe.
É uma dor muito solitária.
Temos medo do presente e do futuro.


Eu queria muito que todos pudessem passar por tudo isso pelo menos 1 dia de sua vida!
Professores, empresários, meus vizinhos, a caixa da padaria, a gerente do banco, profissionais da saúde, advogados, Juízes, ministros, deputados, todos os políticos... cada um que ler esse texto.
Porque de longe é mais aceitável considerar pessoas como número. Não te atinge...
A certa distância fica simples:
Você risca, você tira da frente, pronto e acabou!
De longe somos papéis, números , estatísticas com termos equivocados.
Surdo Mudo, te lembra alguma coisa?

Somos Pessoas que provavelmente você nunca terá vontade de conhecer, não faremos parte do seu convivel social.
Somos invisível!

Bastava 1 dia só do seu ano que tem 365 para sentir na sua pele o que é viver na minha!
Você saberia o que é ser invisível para a maioria.
Talvez começasse também a acreditar em coisas que nunca acreditou antes.
Você iria perceber que seu filho não depende mais de você. Depende do sistema, de leis, do bom senso e da boa vontade alheia.
Medo? Você não teria até esse momento.
Não adianta gritar porque vão te calar.
Você vive pelo seu filho. Você faz tudo para ver ele feliz.
Você quer que ele tenha a oportunidade de ser uma criança comum.
Você terá vontade de jogar a toalha e parar com tudo.
Aula de reforço, fono, médico e terapias...
Você repete que está tudo bem mesmo sabendo que não está.
Não depende de você!
Seu copo vai enchendo, enchendo até que transborda!
Aí você vai gritar, agora ninguém vai te calar.
Você vai gritar com as pessoas, com os órgãos responsáveis, com médicos, com a escola, seja lá quem for .
Pode ter certeza que a partir do momento que você fala, não te olham como uma mãe que luta. Você vira uma cifra que incomoda.
Você ia se sentir pequenininha, impotente até desejar a sua vida de volta.
É nesse momento que trocamos novamente nossos papéis!
Fica tranquila que é só uma simulação!

Quando eu vejo o Gui hoje tão cheio de si, produzindo suas poesias, fazendo conteúdo em seu Instagram, eu percebo o quanto valeu a pena e quanto tudo isso faz muito sentido.
E se você de fato tivesse vivido um dia na minha pele, você saberia o valor que isso tem.
Nunca mais conseguiria me ver como um papel, um número, um peso...

O Guilherme hoje está com 10 anos, no 5º ano de uma escola regular onde a sala em que estuda é bilíngue ( 1 ° língua libras, 2º português escrito)
As crianças surdas ali sempre estiveram em minoria, claro , mas chegamos em 24, 25 crianças e hoje o Grupo está em 12!
A cada ano diminui mais e mais...
O futuro é incerto, mas o que eu já sei é que ano que vem ali acabou para o Gui!O colégio não está preparado para a inclusão. Isso não é um achismo, foram as palavras da direção!

Mas o Gui não chegou lá ontem não, foram há 7 anos!
Mas uma criança surda para um colégio elitista só dá gastos e problemas!
Uma coisa é uma mãe que não fala, não reclama porque nem acredita no filho.
Outra é aquela que está lá cobrando, implorando um tratamento igual não só para o seu mas para os outros que ali estão. Incomoda!

Imagina você que essas crianças precisam de intérprete! 
Olha que absurdo! 
Inclusive em cursos extras! Pq ela não deixa de ser surda de manhã ou aos finais de semana!
O aluno surdo Precisa de conteúdo adaptado e apesar de ser lei, não é bem assim que as coisas acontecem.
A escola não tem verba e ninguém te deixa esquecer que seu filho é bolsista!

De verdade Nem verba e nem vontade!
Posso enumerar diversas situações que me fazem crer que estamos ali por protocolo, para tapar o sol com a peneira...

Tá vendo como não é fácil fazer parte de uma minoria?

Não sei como será o amanhã, ano que vem e o futuro, mas tenho a certeza que se você me procurar por aqui, continuará acompanhando a nossa luta!
Porque ela não para!

Sabine Stark Schaade
41 anos
Mãe do Guilherme 
10 anos

                 

terça-feira, 23 de maio de 2017

Virada Cultural sem acessibilidade, até quando?

                                


Ano de 2017,  13ª edição da Virada Cultural aconteceu em São Paulo e para a minha surpresa ao olhar a programação da Viradinha que é voltada para o público infantil, não encontrei nada acessível.

Eu como mãe sei das diversas dificuldades que o sujeito surdo enfrenta no dia dia, mas o foco do texto de hoje é a Virada Cultural.

Lembrando o capítulo IX da LBI (Lei brasileira de Inclusão):
O Direito à Cultura, ao Esporte, ao turismo e ao lazer.

Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso:
*  I – a bens culturais em formato acessível;
* II – a programas de televisão, cinema, teatro e outras atividades culturais e desportivas em formato acessível; e
* III – a monumentos e locais de importância cultural e a espaços que ofereçam serviços ou eventos culturais e esportivos.
§ 1º É vedada a recusa de oferta de obra intelectual em formato acessível à pessoa com deficiência, sob qualquer argumento, inclusive sob a alegação de proteção dos direitos de propriedade intelectual.
§ 2º O poder público deve adotar soluções destinadas à eliminação, à redução ou à superação de barreiras para a promoção do acesso a todo patrimônio cultural, observadas as normas de acessibilidade, ambientais e de proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.
Art. 43. O poder público deve promover a participação da pessoa com deficiência em atividades artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e recreativas, com vistas ao seu protagonismo, devendo:
* I – incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de recursos adequados, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas;
* II – assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos serviços prestados por pessoa ou entidade envolvida na organização das atividades de que trata este artigo; e
* III – assegurar a participação da pessoa com deficiência em jogos e atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísticas, inclusive no sistema escolar, em igualdade de condições com as demais pessoas.



Então a pergunta que eu faço é cadê a acessibilidade?

2015:
Participei da viradinha e teve interprete de Libras em todas as atividades, inclusive nos shows que aconteceram ao redor da Biblioteca Monteiro Lobato

                   

Foi uma grata surpresa e muito bom o evento!



2016 
A CIL estava em pleno funcionamento na cidade e mesmo assim quase que ficamos sem acessibilidade na viradinha.
Ano passado ao olhar a programação oficial, percebi, assim como a desse ano que não tinha nada acessível.
Para não dizer nada, tinha uma atividade na pinacoteca. Confesso que nem considerei porque essa atividade é algo presente no museu.
Assim que vi, reclamei, mandei email, fiz vídeo e um dia antes da Viradinha, a Secretaria divulgou que o show da Palavra Cantada estaria acessível.

Bingo!

                               


A acessibilidade foi dada em um único show: O da Palavra Cantada!


Na época já achei um retrocesso! Como assim Viradinha sem acessibilidade?
Ao invés de ampliar o serviço quase ficamos sem!
Absurdo!

Mas por fim, conseguimos!



Me lembro que cheguei a oferecer ajuda!
Não querendo cargo, não querendo salário, apenas ajudar!
Torcendo para que a cultura seja para todos!
Um evento tão bacana como esse não pode excluir ninguém e sim incluir!

2017:
Infelizmente o descaso continuou.
Ninguém da secretaria da pessoa com deficiência se preocupou em tornar o evento acessível!
Reclamei, reclamei e nada adiantou. Ninguém me ouviu...Ninguém quis ouvir.

E não me venham com desculpas! Não teve acessibilidade porque não quiseram. Ninguém liga, ninguém se importa!

Ontem, dia 22/05 estive na Câmara de São Paulo em uma audiência pública sobre a LBI e pude fazer essa pergunta para o secretário Cid Torquato que estava ali presente.
A resposta?
Nenhuma!
Antes de abrirem as respostas ele se retirou da plenária.

Minha pergunta continuará  ecoando aqui até alguém me responder:


Até quando prezados secretários?
Até quando prefeitura de São Paulo ficaremos sem acessibilidade em um evento oferecido por vocês?

Incluir ou excluir?

Será que não podemos contar nem com a Secretaria da Pessoa com Deficiência? Afinal o trabalho de vocês é para quem mesmo?

Sinceramente eu não sei!

Assim como em 2016 que torci para que a Virada de 2017 fosse acessível, venho hoje desejar o mesmo:

Que 2018 a Virada Cultural assim como a Viradinha seja verdadeiramente acessível e sem desculpas.

Aguardo respostas e Agradeço a atenção 

Sabine Schaade


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Feliz dia Das Crianças!


A palavra de hoje é comunicação!

Você se comunica com seu filho?

Hoje o dia é das crianças mas quero que você reflita a respeito!



E quando eu falo de comunicação é a comunicação de fato!


Aquele papo gostoso antes de dormir, um "causo" antigo de quando você era criança, "ouvir" algum acontecimento que marcou o filho na escola...

Se você consegue isso, parabéns!


Agora se você acha que comunicação limita-se em perguntar ao filho se ele quer "Papar", xixi ou fome, reveja seus conceitos!

A comunicação vai muito além de trocas monossilábicas!


Para que o dia Das Crianças seja de fato um dia para celebrar é essencial que a comunicação esteja presente!

Libras, oralização, tanto faz! 


Que nós consigamos ter auto crítica para saber se de fato estamos nos comunicando ou nos enganando...


Feliz dia Das Crianças!


**** P.S: O próximo vídeo será sobre isso, a comunicação!!! ****

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Reflexões em uma noite de setembro

                       


Guardando seu sono e pensando aqui como o tempo passa rápido! Rápido demais e Com uma velocidade que me assusta.

Quando olho tão de pertinho cada detalhe seu, percebo que aquele bebê já não está mais aqui faz tempo!

Cresceu e está crescendo a cada momento!

Mas, mesmo com todo o tempo do mundo eu queria ter mais:


Mais tempo para aproveitar cada detalhezinho que posso sem querer, deixar passar despercebido na correria do dia a dia!


Mais tempo para te passar tudo que acho que será necessário para o seu futuro! 


Mais confiança para que você nunca, jamais, duvide do seu potencial e se em algum momento tiver medo e olhar para trás pensando em desistir, esse momento passe em alguns segundos.

Respire fundo e siga em frente!


Não, eu não posso te guardar em um potinho!

Tenho que te preparar para vida mesmo sabendo que ela pode não ser tão legal com você.

Tenho que ter a consciência que, talvez, as pessoas daqui alguns anos continuem presas em sua ignorância e preconceito insistindo para que você se "encaixe " no padrão que elas acham que seja o correto!


Que suas mãos nunca parem de sinalizar!

Quem for importante estará lado a lado com você. Hoje e sempre!


E por fim, que todas as minhas lutas não tenham sido em vão!

Mas eu já sei que não serão!




Estamos em pleno #setembroazul e a reflexão se faz presente!


* A Importância da Libras.

* A Importância do ensino bilíngue.

* A Importância da comunicação, principalmente dentro do seio familiar.

*  Por uma sociedade mais tolerante e mais interessada em entender a necessidade e individualidade de cada um.

* Que a Libras ganhe cada vez mais espaço! Mas com o respeito e profissionalismo da parte de quem trabalhe com ela!


💙💙💙💙


Beijos e até mais!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Moção De Repúdio


          MOÇÃO DE REPÚDIO 
         [ https://goo.gl/pzNx14 ]

São Paulo, 13 de julho de 2016.

 A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a língua utilizada pelos surdos brasileiros para se comunicarem entre si e com a sociedade majoritária ouvinte. Esta língua foi reconhecida legalmente, via Lei 10.436/02, e regulamentada, via Decreto 5.626/05, como meio de comunicação e expressão da comunidade surda brasileira e, a partir disso, diretrizes legais têm sido tomadas para que ela, enquanto língua natural, circule de modo a garantir a efetiva participação dos surdos na sociedade brasileira. Essa circulação e promoção da Libras é realizada, basicamente, a partir de três diretrizes legais:

(i) A sua adoção e uso como língua de instrução na educação de pessoas surdas em escolas e salas bilíngues (Decreto 5.626/05, Decreto 7.612/11; Lei 13.146/15);

(ii) O ensino, como segunda língua para ouvintes, nos cursos de graduação em licenciatura e fonoaudiologia, bem como em escolas e entidades civis representativas da comunidade surda e devidamente autorizadas pelas Delegacias e Secretarias de Educação (Lei 10.436/02, Decreto 5.626/05, Decreto 7.612/11, Lei 13.146/15); e

(iii) A tradução e a interpretação da Libras para a Língua Portuguesa e vice e versa em diferentes contextos como o educacional, o midiático, o de conferências, o artístico, o jurídico, dentre outros garantindo, com isso, a acessibilidade comunicacional dos surdos às diferentes esferas socais (Lei 10.098/00; Lei 10.436/02, Decreto 5.626/05, Decreto 7.612/11, Lei 13.146/15.

Tais diretrizes e legislação são frutos de uma luta histórica da comunidade surda em parceria com outros coletivos como de professores, de intérpretes, de familiares, de pesquisadores, de linguistas, de fonoaudiólogos que vislumbram apenas um objetivo: promover os direitos sociais da comunidade surda brasileira e a garantia de uso da Libras, pelas pessoas surdas, em todas as esferas da sociedade. Por essa razão, algumas práticas que circulam atualmente na internet, sobretudo na plataforma YouTube, que não se   alinham aos interesses e à defesa dos direitos sociais da população surda e/ou da luta e representatividade das categorias de tradutores, intérpretes e guias-intérpretes de língua de sinais merecem ser denunciadas e repudiadas. Destaca-se, dentre estas práticas, a gravação, divulgação e circulação de vídeos que:

(i) vislumbram promover a imagem individual de pessoas físicas não reconhecidas pela comunidade surda; 

(ii) de orientar a sociedade ouvinte sobre dúvidas em relação a Libras e a comunidade surda com base em informações equivocadas, não técnicas e científicas sem a legitimidade de pesquisas e de apoio das entidades representativas dos surdos, surdocegos e dos tradutores e intérpretes;

(iii) de ensino de Libras e de técnicas de tradução e de interpretação de textos específicos, sobretudo musicais, sem levar em consideração a participação dos surdos enquanto principais usuários dessa língua.

Diante de tal panorama, as entidades abaixo-assinadas repudiam veemente alguns vídeos de ensino, tradução e interpretação que estão circulando via internet e que desqualificam a Libras como língua e maculam a imagem dos surdos enquanto sujeitos autônomos, cidadãos de direito e principais usuários desta língua. 

ENTIDADES SIGNATÁRIAS

1- Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – Regional de São Paulo (FENEIS-SP)
2- Associação de Professores Surdos de São Paulo (APSSP)
3- Associação de Surdos de São Paulo (ASSP)
4- Associação de Profissionais Tradutores, Intérpretes e Guias-intérpretes de Língua de Sinais Brasileira do Estado de São Paulo (APILSBESP)
5- Sindicato dos Tradutores e Intérpretes de Libras e Língua Portuguesa do Estado de São Paulo (SINTILSP)
6- Federação Brasileira das Associações de Tradutores, Intérpretes e Guias-intérpretes de Língua de Sinais (FEBRAPILS)


domingo, 10 de julho de 2016

Libras e Implante Coclear, um caminho possível sim!

Olá pessoal tudo bem?

Como vocês sabem, Libras e Implante Coclear fazem parte da nossa realidade.

O IC há 5 anos e a Libras há 3 anos e meio... Cada um com a sua devida importância e função.

A Libras chegou depois. Fato! De coadjuvante tornou-se primeira língua do Gui. 
Sua importância é inquestionável e não consigo imaginar nossa comunicação sem ela.

Já o IC a cada dia vai ganhando seu espaço... 
Não como a Libras, não dá para comparar, mas sim como um recurso que ajuda o Gui a reconhecer os sons em sua volta!
Sigo estimulando para que uma simples percepção se transforme em discriminação e que esse som faça sentido.

Esse vídeo mostra um pouco de como é o " Ouvir" para o Gui! 
Algumas palavras ele reconhece, outras não. Normal! 
Justamente por isso que o IC não substitui a Libras.
Com a Libras tenho certeza de que a informação chegue 100% para ele, com o IC ainda não.


Será que um dia chegaremos lá? 

Não sei!

O mais importante ele já tem que é a língua. 
A Oralização e o "Ouvir" temos todo o tempo do mundo para absorvê-la.


Um beijo e até mais

Sabine Schaade



segunda-feira, 25 de abril de 2016

Dia Nacional da Libras! O que temos para hoje?


Ontem dia 24 de abril foi comemorado o dia nacional da Libras! 
O que isso significa?

Que a LIBRAS foi reconhecida como primeira língua da comunidade surda brasileira e está amparada pela Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. 

A Lei foi criada para fazer valer os direitos dos surdos com acesso aos direitos básicos, como saúde e educação, por meio da língua de sinais.
 Sendo assim lá se vão 14 anos de lei!

E tem gente que ainda acha que a Libras é um mero assistencialismo?
Uma bengala para o surdo...

Se você pensa assim, mude os seus conceitos!

Muita coisa melhorou, mas ainda estamos longe do ideal! 

Eu acredito que o que falta são informações  (muitas vezes) corretas:

Histórias repetidas durante muito tempo, acabam virando "falsas" verdades!

Tem pessoa que ainda acredita que o surdo é mudo. Como ela vai entender que a Libras é uma língua?

Infelizmente a Libras ainda é mal vista por muitos profissionais da saúde, familiares e sim por muitos da sociedade.
 Eu fiz parte de alguns grupos no Facebook onde o preconceito e o desrespeito a língua era nítido.

Já vi Profissionais aconselhando mães a não inserir a Libras para o filho porque se não ele ficaria aquém da sociedade...
Outras pessoas falando que a Libras limita o surdo !
Enfim...
Tudo bem que exista profissionais que acreditam e seguem a Oralização, mas para valorizar uma língua (que no caso é o português) não precisa denegrir a outra!

A Libras é sim uma língua e a lei está aí!

Estar em uma sociedade predominante ouvinte não lhe dá o direito de achar que o "Surdo" precisa se normalizar para fazer parte da sociedade!

Mas falar o que da sociedade se em pleno 2016 ainda nos deparamos com  
Preconceito, racismo, intolerância e discursos de ódio, deveriam fazer parte do passado, mas não , estão aí é por muitas vezes com uma força de dar medo!
As vezes tenho a impressão que andamos para trás.

E a Lei será que é cumprida corretamente?
Claro que Não!

E ela só será de fato eficiente quando a visão distorcida da língua e do sujeito surdo mudar! 

E tem gente que ainda acha que o caminho da Libras é o mais fácil!

É aí que você se engana!

Temos que vencer o preconceito diário de uma língua subjugada, a falta de interesse das pessoas em aprende-la e ainda se deparar com péssimos profissionais despreparados  que ao invés de ser os Ouvidos e voz do surdo, estão aí no mercado para ganhar destaque em cima do surdo!
A língua mesmo que se dane!
E o surdo que reclama haaaa esse é chato!
Será?
Não, não é fácil! 😢

Mas nem tudo são espinhos:

Em contra partida temos sim pessoas dispostas em trazer a Libras para o lado de cá! 
Transformando o "Tabu" e preconceito que fica lá no subconsciente das pessoas em uma comunicação possível e que está ao alcance de todos.

O exemplo disso são alguns eventos culturais que hoje em dia que se preocupam em trazer a Libras para o Palco!

Eu levo muito os meninos em diversos lugares e posso dizer que há sim um crescimento. Talvez não como gostaríamos, mas ele existe! 

Contação de Histórias em libras e português,
Museus com acessibilidade,
Espetáculos com interprete...

Claro que tem coisas ruins!
Volto a repetir que muitas vezes o profissional que está ali não tem o menor preparo!
Mas acredito que com a força da comunidade surda que sim voz e todo o direito de reclamar, com o tempo os ruins não sobreviverão.

As pessoas precisam entender que a acessibilidade vai muito além de mãos se mexendo em cima de um palco quase escuro. Para ela acontecer de fato a língua tem que estar ali presente, fluente respeitando toda a sua estrutura.
 Se não meu bem é melhor nem ter!

Informações erradas e/ou incompletas só prejudica!

Digo isso por experiência própria!

Já tive que  "reinterpretar" ( será q essa palavra existe?) trechos de peças ou musicais para o Guilherme!

E não pense você que foi por imaturidade dele ou qualquer outra coisa. Não! 
Estamos falando de uma criança que hoje está com 6 anos, tem a Libras como 1ª língua e já luta por seus direitos. Como por exemplo reclamar para a diretora da escola que na aula de futsal quer um intérprete!
Então o problema não era a criança, o intérprete que era ruim mesmo! 

Tente cantar para seu filho ouvinte 
"A fazenda do Pica-pau amarelo..."

Música tema do desenho e série que fez parte da infância de muitos: 
" O sítio do pica-pau amarelo "
Sem duvida ele vai te olhar com cara de ué!
Com o meu filho surdo não foi diferente!
Ele reclamou, emburrou e queria ir lá no meio do show cutucar a intérprete e dizer que estava errado!
Esse é um exemplo simples que aconteceu e trouxe várias reflexões:

Não é porque meu filho é surdo que ele não saiba o que é o sítio do Pica-pau amarelo! Não é porque ele não oraliza que ele não sabe o que acontece em sua volta!

Mas por outro lado quando a língua acontece é lindo de ver!

Esse fim de semana tive o prazer em leva- lo ao musical "Meu amigo Charlie Brown" que contava com acessibilidade e além de uma ótima profissional como intérprete, em vários momentos do espetáculo os atores sinalizavam! 😍😍

Logo na abertura, cada um fez o seu sinal e confesso que eu chorei de emoção!!!

E sim, ainda tenho esperança de um futuro bilíngue para todos!
Vamos continuar lutando e quebrando as barreiras da comunicação!

Viva a Libras e viva a comunicação!

Um beijo grande é ótima semana
Sabine 




segunda-feira, 18 de abril de 2016

Reflexões sobre Oralização do filho Surdo

Pais ouvintes, filho surdo!
Não tem como negar que em algum momento da vida do nosso filho, a Oralização do filho surdo é a 1º opção!

Mas e quando ela não acontece?

Quando criança surda não fala é porque ela é preguiçosa?

Ou se a Oralização não acontece a culpa é dos Pais?

Está no ar mais um vídeo e esse é uma reflexão sobre a Oralização dos nossos filhos surdos!!!
Até onde insistir?




Espero que gostem!


Boa semana para todos nós!

Beijos Sabine

domingo, 3 de janeiro de 2016

Retrospectiva 2015 - O que eu levo de 2015?

Antes de mais nada, desejo um feliz 2016 para todos nós!
Temos um ano inteiro pela frente para correr atrás dos nossos sonhos, transformar, somar e arrumar o que não está legal!

Algumas horas antes de 2016 chegar eu fiz um balanço do meu ano e reuni 10 fatos que marcaram meu 2015!

E Compartilho aqui com vocês!

  
                  

Teve um pouco de tudo:

1-) Meu Ano novo antecipado

Meu ano começou alguns dias antes de 2015! Foi o meu ano novo porque foi a data da minha operação, da minha nova vida!

2-) De fato o ano novo!

Agora sim chega 2015 com mil expectativas!

3-) Momentos em família!

Momentos juntos, passeios, pequenas viagens que faz tudo valer a pena.

4-) Um texto meu no livro!

Emoção é o que define ter um capítulo no livro da Cilmara Levy e além de ter a nossa história contada por ela, tem um texto meu aqui do blog lá.

5-) Escrever, escrever e escrever

Meu 2015 foi marcado por vários textos que escrevi!
Escrevi muito! E graças a Deus foram lidos, compartilhados e ajudaram famílias.

6-) De volta à militância!

Depois de 6 meses afastada, 2015 foi marcado pela minha volta as audiências públicas, palestras, reuniões e tudo mais ligado a surdez, luta e acessibilidade.

7-) Rodas de conversas e palestras!

Foi um ano super importante nesse sentido! Consegui fazer algumas rodas de conversas voltadas para pais de crianças surdas e lá na EMEBS Helen Keller com a ajuda de várias pessoas fizemos um super evento!
Além disso falei para vários públicos em 2015!
Desde estudantes de fonoaudiologia na Santa Casa de S.P até um público misto inTeressado no tema deficiência lá do Senac Aclimação.

8-) Nós na mídia!

Aparecemos em diversas mídias nesse ano que passou! Foi Record, Cultura, Folha de São Paulo e até a Globo!
Aliás, a Sandra Annenberg encerrou o Programa Como Será? Recitando um poema meu! ❤️😍


9-) Hugo saiu do aplicativo e virou realidade!

O Gui é apaixonado pelo Hugo do Hand Talk e esse ano o simpático Hugo ganhou vida para o Gui.
Gui recebeu uma carta dele e em outra oportunidade conheceu o "Papai" do Hugo!

Foi muito bacana!

10-) Meu reencontro!

Hoje posso dizer que estou completa! Se tinha algo que não ia bem era o meu coração! Mas em 2015 aconteceu nosso reencontro e posso garantir que acabou sendo melhor do que o 1º encontro. ❤️❤️❤️


Mas tudo isso eu conto no vídeo :

10 momentos marcantes de 2015 ( legendado)



2016 será incrível para todos nós! (Eu tenho fé nisso)

Um beijo e até mais


Sabine

- Postado via iPad por Sabine Schaade

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Já assistiu nosso diário de férias no YouTube?


Haaa Férias! 
Momento tão esperado por muitos e quase um pesadelo para outros...Porque férias é sinônimo de criança em casa!O que fazer nesse período?
Eu respondo:   "Muita coisa!!!!"
A crise não é desculpa para ficar com as crianças em casa!
Quem mora em S.P pode se sentir privilegiado! O que não falta são opções de programas de graça!
Aproveitando esse período eu gravo meu #DiáriodeFérias e compartilho com vocês lugares e passeios bacanas aqui em S.P que eu levo os cuecas sem gastar nada ou muito pouco!
Alguns lugares pode ser que você já conheça, outros não, então te convido a conhecer meu #DiáriodeFérias e se inspirar também! 


Bora tirar as crianças de casa!! 


*Conteúdo acessivel!*



Confira:
www.youtube.com/playlist?list=PL7obnd_eqiBSfTEawppS9co19RAblfCuk

Se inscreva no canal, curta os vídeos e se tiver alguma sugestão, mande para nós!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Bora mudar?




Como vocês devem ter notado, o Blog e algumas redes sociais minhas estão de cara nova.
Por enquanto nada de mais, mas garanto que o blog será totalmente reformulado.
Esse fim de semana já dei uma mexida e tirei o antigo visual (#Rip). Gui não é mais bebê e já tinha um tempo que queria tirar aquele visual infantil. Ainda não está como eu quero, mas em breve vocês notarão mudanças!

No mais, pretendo trazer mais conteúdo além dos meus conhecidos textos aqui para o Blog e para o YouTube. Quero tornar os dois locais totalmente acessíveis.

Algumas ideias:

- Produzir Videos curtos, dinâmicos e com conteúdo bacana.
Muita gente me pede para fazer vídeos, principalmente em Libras e estou vendo a melhor forma de conseguir fazer isso com as duas coisas (português, Libras) e mais legenda!
++++ O primeiro já está lá no YouTube ++++

- Tô lançando uma campanha e quero que ela ganhe visibilidade de produtores, diretores e pessoas ligadas no meio cultural que é: 

Diversão com acessibilidade!

São Paulo é riquíssimo na questão cultural e temos muitos espaços bacanas aqui. Só precisamos torná-los mais acessíveis.

Hoje já divulgo algumas coisas que tomo conhecimento, mas quero não só divulgar como incentivar a acessibilidade em Museus, casa de espetáculos, teatros e pontos de cultura e cada vez mais levar  a Cultura para todos!
Afinal todos nós temos direito à cultura, não é mesmo? 

Outra campanha mas essa voltada para nós pais é: #Tireascriançasdecasa
Afinal criança nenhuma merece passar o fim de semana inteiro em casa!
Quero mostrar como é possível levar diversão para eles (e para nós) gastando nada!





Bom, por enquanto é isso!
Aguardem as novidades porque vem aí muita coisa nova!
Haaaa  e para quem ainda não me segue em outras redes, segue:





Um abraço e boa semana para nós!

Sabine Schaade.


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Qual o impacto de ter um filho surd@?



                 

Muita gente me faz essa pergunta, sabe? Acho curioso essa curiosidade mas ao mesmo tempo entendo perfeitamente esse tipo de dúvida.

Se você perguntar isso para 10 mães é possível que tenha 10 respostas diferentes afinal cada um enxerga a surdez e suas possibilidades de modo diferente:

Conheço mães que não conseguem falar com seus filhos antes de eles usaram algum tipo de recurso auditivo ( AASI ou IC);

Tem aquela que vive no profundo luto;

Outra que se apega na religião,

Muitas na tecnologia,

A que se sente culpada,

Aquela que ignora a "diferença" do filho e no fundo não aceita a surdez,

Tem também aquelas que passam horas e mais horas estimulando, lutando para que seu filho consiga "ouvir" e poder ser inserido na sociedade que é majoritariamente ouvinte,

Outras que pouco fazem aos olhos da "sociedade" mas existe sim aquela mãe que aceita, não antes de passar pelo luto ou susto de saber que tem um filho surdo deixa seu filho no mundo do silêncio ( o que não significa negligência, apenas é uma das opções)

Então quando se fala em impacto é muito relativo!

O impacto que a surdez do Gui me causa são os aprendizados diários que tenho desde que ele nasceu!
Nunca imaginei na minha vida passar nem por 5% do que vivo diariamente.
Isso não é uma queixa não...

Aprendo a cada minuto que para "escuta-lo" preciso olhá-lo nos olhos...

Junto com o olhar aprendi também que ouvir é  bem diferente de escutar! Bemmmm diferente!

"Nada é absoluto. Tudo muda, tudo se move, tudo gira, tudo voa e desaparece”
Frase da maravilhosa Frida Kahlo!
E eu concordo.
Ontem pensava de um jeito, hoje me permito pensar diferente, permito repensar, amadurecer, descordar...  

O impacto da surdez dependerá do tamanho do seu conhecimento e da forma como você a enxerga.

Qual é a mãe que sonha com um filho "diferente"? Acredito que nenhuma.

...Mas isso não significa que precisamos nos acorrentar na "deficiência" dos nossos filhos e carregar o "PESO" nas costas pelo resto da vida.

Não importa se você caminha pela trilha A, B ou C...

Filho surdo será para sempre surdo! Independente da tecnologia, religião e até mesmo sua vontade. 

O impacto da surdez poderá ser forte como um terremoto ou leve como uma brisa...



Assim é a água dentro de um copo. O mesmo copo com água pode ser visto como meio cheio ou como meio vazio, dependendo de quem olha. 
Resumindo a grosso modo, um mesmo fato pode ser encarado de forma negativa, assim como pode ser visto com bons olhos, dependendo da expectativa de quem o está vivenciando.

É assim com tudo na vida!

O impacto de hoje é o desafio de amanhã! Somos desafiadas diariamente!


E para você, qual é o impacto de ter um filho surd@?


Boa semana para nós e até a próxima.


Sabine Schaade.
Contato: sabine.schaade@bol.com.br
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